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Trânsito Escola

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A tecnologia é boa para os relacionamentos?

É engraçada a vida humana. O marido saia para trabalhar ou comprar algo na rua. Demorando-se na rua a mulher já ficava desconfiada. Ao chegar a casa o homem ainda tinha que ouvir a mulher reclamando da demora. Assim como existem as desconfianças das mulheres também há dos homens.

 

Um toque no telefone e as orelhas ficam em pé, os músculos de contraem e o olhar é fulminante. Para muitos casamento e namoro é compromisso sério, mas a seriedade passa a ser possessão e monitoramento constante. A insegurança pode chegar até ao monitoramento dos quilômetros percorridos com o carro. Um quilômetro a mais, uma possível traição.

 

A desconfiança feminina até tem lá o seu grau de importância devido, digamos à teoria que o homem faz sexo para espalhar a sua carga genética. Já a mulher é mais seletiva porque escolhe o homem com melhor carga genética - e boas condições financeiras - para que a prole possa se desenvolver em um ambiente seguro. O homem age pelo instinto sexual, a mulher pelo instinto maternal. Mas isso não é uma regra absoluta uma vez que o ser humano, apesar de ser um animal, mas racional, tem sentimentos mais elaborados que outros animais, irracionais. O ser humano é o único animal na face da Terra que faz sexo por diversão, por lucro, para se vingar de uma traição, para chantagear uma pessoa – político em escândalo sexual, por exemplo -, engravidar para prender a outra pessoa. Enfim, coisas do ser “evoluído” chamado humano.

Temos também a desconfiança masculina diante da mulher ser possível infiel. Por que dessa desconfiança? Primeiramente, os homens, como explicado anteriormente, são infiéis pelo motivo de perpetuação da carga genética. E, segundo, pelo comportamento que têm acabam projetando nas mulheres. Em outros casos até transferindo uma situação de outra pessoa para a esposa.

“Eu saio com várias mulheres, e elas sentem tesão. Algumas são casadas, então, minha mulher poderá me trair”.

A mente humana é algo fabuloso. O senso de desconfiança diante da mulher é nada mais e nada menos do que um senso de culpa pelo que está fazendo com a esposa. A mente alerta “você está fazendo algo muito errado”, mas o cidadão acaba não interpretando a mensagem ou não quer assumir a culpa, e transfere para a esposa a imagem de traidora. Assim como acontece com o marido pode acontecer com a esposa e vice-versa.

 

A mulher só trai quando o marido ou companheiro não dá mais carinhos, atenção. A mulher necessita ser o centro das atenções do homem, uma deusa entre as demais mulheres justamente porque, inconscientemente, sabe que o homem pode trai-la. Enquanto a mulher é mais pele e sentimentos, o homem é mais visual. Sexo virtual até agrada ao homem, mas para a mulher não. Ela precisa tocar, sentir o cheiro, olhar nos olhos do homem, penetrar na alma dele. Já o homem precisa sentir o tesão em sua mente, e basta. Claro que tanto o homem quanto a mulher precisam de contato físico, mas no homem – não é à toa que as revistas pornográficas são quase que exclusivamente masculinas – o efeito visual é tudo. Uma mulher até pode se satisfazer vendo uma revista masculina, contudo ela sentirá um vazio. Não está completo o prazer sexual. O homem até relaxa depois de uma masturbação vendo uma imagem de mulher pelada. A mulher sente também um relaxamento, mas para ela o completo estado de relaxamento após o gozo é ter sentido a pessoa: o contato pele com pele.

 

Quanto o homem sente excitação por uma mulher, isto é, quando ele a quer pessoalmente, corpo com corpo, a ideia inconsciente é aplacar o tesão pela ejaculação (carga genética, cromossomos). A mulher sente prazer sim no gozo, mas para isso ela precisa sentir-se amada, desejada pelo parceiro.

É a história de que o homem faz amor (dar atenção à mulher, ela ser o centro de tudo) para ter sexo (espalhar a carga genética, ver o seu potencial como macho através do membro viril), e a mulher faz sexo (querer o sêmen, o membro dele) para ter amor (atenção, carinhos, importância dele a ela).

 

Claro que há exceções nisso. Não quer dizer que todos os homens apenas querem transar, uma noite e nada mais. A educação familiar tem fator preponderante na relação de conceito entre homem e mulher. Infelizmente tem alguns pais que passam aos filhos de sexo masculino que mulher é tudo igual e o que importa é pegar todas; casamento é só para ter uma mulher que cuide dele e dê lindos filhos. O filho acaba crescendo com uma ideia distorcida da relação entre homens e mulheres. A figura da mulher é secundária ao homem por que ele é o principal em tudo e até superior a mulher.

 

Contudo, quando os pais ensinam que a relação entre homem e mulher deve ter respeito e que a mulher tem qualidades também – não ser apenas um repositório de esperma e de tesão do homem e muito menos uma dona de casa que cuida do lar -, o filho crescerá com uma mentalidade saudável, equilibrada. Buscará entendimentos através de diálogos com a mulher e não ter a postura de sair correndo pela porta a fora para não escutar a “chata” da mulher – claro que quando a mulher está com TPM, e dependendo do grau de TPM, é melhor o homem se safar para não ser agredido como acontece em alguns casos, infelizmente.

Diante da explanação dos conceitos sobre homens e mulheres continuaremos com a vigilância entre casais.

 

Modernamente a tecnologia proporciona contato vinte e quatro horas. Bom ou ruim? Depende. A insegurança é a desgraça das desavenças. Torpedos, sms, mensageiros de mensagens instantâneas (os mais famosos são Windows live Messenger e o Yano Messenger), GPS. Um arsenal para as pessoas com desconfiômetro em altíssima faixa. E qualquer por menor é motivo de desconfiança. Vamos a cada um.

Celular

O celular toca e toca e nada de atender. A pessoa começa a viajar pelo mundo de Alícia no País das Maravilhas, ou seria “Terror”? O sangue ferve, a orelha coça e os pensamentos são sanguinários. Não há o pensar que possa ter desligado o celular por estar numa reunião, ou que esteja com amigos numa partida de futebol e deseja um momento de descontração – não quer dizer que esteja num bacanal. E quando a pessoa não atende ao celular? “Pelo visto estava muito ocupado (a) ‘fazendo nada de bom’”. Sim caros leitores. Ninguém pode se distrair por segundos. A sirene deve estar acionada ao primeiro toque do celular. Está aí uma boa ideia para algum inventor para solucionar a questão. Será que um choque elétrico resolveria a situação para o pronto atendimento? E o que dizer sobre os sms ou torpedos? “Enviei mensagem, por que não correspondeu”? Prepare a armadura e se defenda. É. Maldita operadora com seus congestionamentos. Mas nada disso. O mais próximo e possível de ser esfolado é o (a) dona do celular já que condenar a operadora telefônica demorará muito e não se pode xingar gratuitamente por medo de processo contra a honra e os bons costumes.

Mensageiros instantâneos

Acho que está no ápice da lista de desavenças entre casais. Reclamações de demora de responder a mensagem, o porquê de estar off line (“está se escondendo de alguém”?). Algumas paranoias. A pessoa esquece que nem sempre a conexão é boa, que o problema pode estar nas configurações do computador do possível enganador (a) – computadores compartilhados e vírus mudam as configurações. E quando o locutor some do mensageiro instantâneo do interlocutor? “Você me deixou sozinho (a), mal-educado (a)”. A pessoa não pensa que a culpa pode ser da linha telefônica, de um hacker que derruba várias conexões. O mais hilariante disso tudo é que pessoas se conhecem pelo msn, por exemplo, e algumas querem, quando conhecem alguém, que não fale mais com os amigos. Absurdo. É o caso do pensamento delirante: “se eu a (o) conheci assim esta tecnologia pode abrir as portas da traição pela facilidade de conhecer pessoas”. O mundo é dos loucos, realmente. Ou acredita, ou não acredita. E uma pergunta fatalista: se assim pensa, por que iniciou um relacionamento virtual? O maior problema na realidade está na mente de quem produz pensamentos delirantes. Ou será projeção?

Sites de relacionamento

O mais famoso no Brasil é o Orkut. Para alguns uma diversão, encontro com amigos, paqueras; e para outros o tormento de qualquer relacionamento.

Um vigia ao outro na esperança de pegar no flagra – será que já existe tropa de vigilância para o Orkut como Serviço de Monitoramento antitraição?

Os contatos que mandavam recados mais calorosos agora não podem porque a pessoa está “amarrada” ao (a) dono (a). Claro que se há uma relação séria é descabido continuar a receber mensagens de paquera e, se assim continuar, é falta de respeito com a (o) companheira (o). Mas há pessoas que realmente gostam de provocar a relação formada. Por inveja de não ter conseguido enamorar a (o) pretendente lança frases maliciosas para criar desavenças na relação. Pobreza de espírito de quem faz isso.

Ao iniciar um relacionamento, mas quando há semanas, se conheceram e cada qual quer realmente algo sério, nada mais justo que trocar de “solteiro (a)” para “namorando”. Porém, friso, a página de relacionamento pessoal é algo particular e para muitos são assuntos sério, então mude o perfil quando for à ocasião certa ou uma relação séria.

E quando a outra pessoa não quer mudar o tipo de relação? Complicado isso. Pergunte quais os motivos reais de não querer mudar, afinal você tem o direito de perguntar já que iniciou uma relação. Pode ser que a pessoa justifique que é cedo para mudar porque tem poucos meses de namoro. Uma justificativa plausível diante de um site de relacionamentos que deixa a pessoa exposta; e os contatos logo quererão saber do começo e término da relação. Mas depois de um tempo o não mudar é para desconfiar.

E quando se pede a senha? “se você me ama mesmo me dê à senha de seu Orkut”. Pelo visto daqui a pouco a pessoa terá que dar a senha do computador, do banco, do acesso à loja de materiais de construção e por aí vai. Cada qual tem que ter seu espaço particular e isso não quer dizer que seja desculpa para traição. Há pessoas que espera a outra dormir para tentar ouvir o que a outra falará ou observará atentamente os gestos dos lábios, das mãos e do corpo. “Arrá! Vi você ontem sorrindo enquanto dormia. O que estava pensando?”

Sim, caríssimos leitores, há pessoas que assim, infelizmente. Algumas até compram livros de Interpretação da Linguagem Corporal para saberem “interpretar” o que a outra está querendo “dizer”.

Conclusão

Por mais que haja teorias sobre traição a única certeza que se tem é nenhuma – não no campo científico, até que se proe o contrário, mas nas pessoas porque ninguém tem leitor de ondas cerebrais para decifrar o outro. Podem-se ter ideias, mas só o olho no olho, ou convívio, poderá dizer quem é a pessoa realmente. Outro ponto fundamental é que cada pessoa é uma, isto é, há pessoas extrovertidas que aos olhos leigos e inseguros de si mesmo podem achar que a pessoa extrovertida é “galinha” ou “piranha”. Desculpem-me os termos, mas há pessoas que só veem negatividades em tudo.

Não há uma boa relação quando se pensa em encontrar perfeição nas pessoas, mas, sim, relações que se completam quando há o diálogo, a sinceridade nas palavras e atos, o querer de construir algo sólido e duradouro. Se os “bons” relacionamentos duram é pela razão de que entre o casal há harmonia, e esta harmonia se consegue com a sublimação do “eu” em detrimento de “nós”. O que estraga qualquer relação seja de amizade, casamento e namoro é o ego: “eu”, depois “eu” e só “eu”. Egolatria que se dá o nome a isso. Qualquer pessoa tem defeitos, mas cada qual há de contribuir para mudanças profundas nos trejeitos, não para provar algo a alguém, mas para se sentir bem consigo mesmo porque o relacionamento a dois representa a oportunidade de se autoconhecer profundamente. O dia a dia dos contatos favorece, a quem sabe e quer melhorar-se como pessoa e amadurecer intimamente quanto aos relacionamentos interpessoais, a introspecção sobre os atos que tinha quando solteiro, a vasculhar os medos, os receios, os sonhos, as manias. Viver como casal não é tarefa das mais fáceis porque, como dito alhures, exige-se de cada um o “nós”. Isso não quer dizer que haverá neutralidades de gostos pessoais, sonhos, convicções, contudo, dentro de particularidades de gostos diferentes uma negociação harmoniosa que possa dar lugar a tolerância, respeito, companheirismo.

Cada qual tem um gosto e querer mudar o outro quando se inicia uma relação é ter probabilidade de 85% (oitenta e cinco por cento) de fracasso. Pode-se mudar um adulto quando este está disposto a mudar, mas as resistências são imensas por que mudar exige coragem. O mudar para um adulto é o mesmo que arrancar uma perna. As ideias e hábitos estão tão fixados no âmago da alma que tirar o que tem como bases verdadeiras poderá deixar a pessoa sem chão. Sim, os mais hábitos devem ser trabalhados, mas exige-se paciência por parte de quem ajuda e de quem deseja mudar, mas é o último caso, o próprio ser que tem que se permitir mudar os hábitos ruins. Isso não quer dizer que quem deseja mudar a outra pessoa por que acha que tudo que faz é correto seja verdadeiro. É preciso muito bem verificar até quanto há de “perfeição” nos próprios hábitos e ideais para poder dizer que a outra pessoa está “errada” em seus hábitos e concepções de vida.

Atrevo-me a dizer o que são hábitos e ideias que irão comprometer o relacionamento:

1) Beber compulsivamente bebidas alcoólicas;

2) Fumar cigarro de tabaco mesmo que seja esporadicamente;

3) Usar drogas psicodélicas;

4) Comer compulsivamente;

5) Discutir ao ponto de provocar brigas físicas;

6) Não enfrentar os problemas com as devidas responsabilidades que merecem (não quer dizer que a pessoa deva ficar estressada até que desencadeie um ataque cardíaco);

7) Ter reações infantis como sair correndo e deixar a outra pessoa para trás;

8) Não querer dialogar sobre a relação. O diálogo é importantíssimo porque trás à luz da consciência os fatos perturbadores. É um erro querer que a outra pessoa tenha a capacidade de saber tudo que se passa na cabeça da outra pessoa. Deus e a natureza nos deram - seres “racionais” -, o aparelho fonador justamente para nos comunicar e saber o que se passa no âmago de cada um. Porém o ser humano complica. Mas dialogar a relação não pode ser o diálogo sem fundamento. Sair falando sem saber o que se fala é querer discussão, irritar. A arte de dialogar é a arte do bom senso. Imagine a pessoa estressada por um acontecimento – perda de emprego, por exemplo – e a outra quer discutir relação do tipo “a pasta de dente estava sem a tampinha”. É. Tem pessoas que são desprovidas de bom-senso;

9) “Amor você está suando na cama. Vai tomar banho”. “Às três da manhã?” Sim caros leitores. Isso é de um amigo. A mulher dele o acordara às três da madrugada porque ele estava suando e sujando o lençol. O cidadão tinha que acordar às seis da manhã;

10) A toalha e a posição estratégica. Isso foi comigo. Uma mulher que me relacionei brigou comigo por que joguei a toalha em cima das outras. O varal de teto estava lotado e coloquei a toalha aberta sobre as demais. Faço isso e funciona quando o meu varal está lotado. Nossa, escutei muito. Depois de escutar as “técnicas” de como colocar a toalha ela simplesmente tirou e pendurou na maçaneta da porta. “Está lotado, logo não pode colocar no varal”, disse ela. O mais engraçado é que na maçaneta da porta a toalha estava embolada. Será que secaria mais rápido na maçaneta do que em cima das demais roupas, mas esticada? Sem perder a paciência – respirei fundo (yoga é bom para isso), meditei nas palavras de Buda: “paciência faz um monge” - e simplesmente disse que ela poderia colocar do jeito dela já que a casa é dela, contudo justifiquei a ato de eu colocar a toalha e que dava sempre certo. Não satisfeita ela disse: “Sim, a casa é minha e o varal e a toalha também”. Sem comentários.

11) O banheiro e a porta. Também aconteceu comigo. A mulher era adepta Feng shui. Ela me disse que a porta do banheiro sempre deve estar fechada porque o banheiro é um lugar “impuro” e as energias também. Bom, não entendo muito do Fen e do Shui, mas fiz o desejo dela. Captaram? Cada qual tem sua crença e por que brigar por ideologias? São comuns as birras entre os seres humanos. O ego quer ser o dono do mundo. Imagine agora duas pessoas. Uma consegue resolver um cálculo matemático e o outro também, mas as resoluções foram de forma diferente. Qual o correto se as respostas finais estão corretas? É mais ou menos por aí. Claro que há limites para tudo: o bom-senso. Limites de fazer (acatar) e dizer (mandar). A isso os dois devem ser coerentes. Às vezes as manias podem ser TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo. Muito perfeccionismo, preocupação exagerada com a limpeza, exageros com a saúde – hipocondríaco – podem ser sintomas de TOC. Como dizia Buda “os extremos são prejudiciais, prefira sempre o caminho do meio”;

12) Autoritarismo. É mais uma torpeza que destrói os relacionamentos. A pessoa autoritária exige e não quer dar explicações – mais uma fez há o bom-senso porque cada situação é única e nem sempre se pode explicar no momento. É o “faça e pronto”. Uma criança até vá lá mandar porque ela ainda não tem discernimento. Mas a um adulto é querer brigas desnecessárias. O ser humano tem sede de conhecimento e não de fazer algo às cegas. O simples fato de fazer o priva de conhecer. Também o fato de fazer por obrigação o faz se sentir sem opinião própria. O ser humano precisa expor suas ideias. Lembre-se disso: sede de conhecimento e opinar. Sei que às vezes é difícil dependo da situação. Muitas vezes não paciência em ensinar e nem aprender. Mas o hábito de evitar arrogâncias sempre deve ser treinado. Sim, hábitos. Os seres humanos agem quase que oitenta e cinco por cento do cotidiano por hábitos condicionados. Vê-se que sobre pouco para discernir principalmente numa vida corrida atual. Mas nada que um pouco de esforço não resolva.


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